Assalto às nossas identidades
Um nome diz muito sobre as origens, o carácter e a história de vida de uma pessoa. Ontem, no táxi, ouvi atentamente a indignação de uma senhora, de aproximadamente 26 anos, contra a funcionária do registo, pelo facto de esta não aceitar que ela registasse a sua filha, de 3 anos, com o nome de Whitney. Segundo o que contava, a conservadora obrigou-a a escrever o nome corretamente. Nem ela nem a sua acompanhante, irmã do marido, souberam escrever ou explicar o significado do nome. De acordo com a mãe da menina, não era obrigação dela saber escrever o nome, mas sim da conservadora, e o Estado não tinha por que obrigá-la a dar um nome de origem à sua bebé. Essa questão dos nomes é muito mais séria do que parece. Por um lado, fiquei feliz por ver que aquela senhora (a conservadora) defendeu a nossa identidade, obrigando os pais a refletirem sobre a questão, pois soube por ela que o processo ficou pendente. ...