Actriz angolana Khristall Áfrika estreou-se no teatro imersivo, em Portugal.
Desde a tenra idade Khristall Áfrika, buscava entender a fórmula que as pessoas usavam para estar dentro da TV, mas foi com a novela Malhação que o lado artístico da actriz se desabrochou.
Em um dos bairros de Luanda, a actriz vivia com a mãe e a irmã em uma casa cedida pela igreja Metodista, onde congregavam. Da carência de uma actriz no grupo teatral Omalavasuko, pertencente á igreja, surgiu então a primeira oportunidade da Khristall.
Alguns anos depois, Khristall ingressou á Escola Comercial de Luanda onde conheceu o grupo Enigma Teatro, grupo que a formou e que mais tarde, ela estreou-se no grupo interpretando o papel de uma mãe que sofria de violências domésticas dentro do seu lar. Papel este que foi bastante aplaudido e, desde lá a atriz não parou mais.
A actriz carrega o vazio de nunca ter sido convidada a integrar um projecto cinematográfico em Angola, facto que a faz se sentir desvalorizada. Em detrimento disto, a actriz chegou a criar projectos/filmes como: A Jamaikana, e investido avultados valores que não obteve retorno, em consequência disto Khristall chegou a se deprimir.
Favoritismo, não reconhecimento do seu trabalho e a não remuneração levaram a actriz apostar a fé numa bolsa para a diáspora.
A história da actriz não parou por aí, quando Khristall estava ainda deprimida foi diagnosticada com o Quisto, que mais tarde veio a ser operada numa unidade hospitalar. E foi sobre a cama do hospital que recebeu o e-mail de confirmação, o seu nome estava entre os selecionados á bolsa de apoio a mobilidade de artistas do PALOP e Timor leste da Procultura financiada pela União Europeia, co-financiada pela fundação Calouste Gulbenkian e Instituto Camões. e orgulhosamente dentre os 13 africanos que beneficiaram da bolsa, o seu nome estava lá.
Dona de uma beleza natural, a actriz é a única Africana, quiçá Angolana a ter lugar no teatro imersivo em Portugal, onde abriu a cena com o actor Paulo Cintrão e dividiu o personagem com a Francisca Fernandes, interpretando o "Quinto", um ser geneticamente modificado " meio humano, meio animal".
Ainda nas terras do vinho, quando fez morada na residência artística em Torres Vedras na associação estufa, montou o monólogo "O Câncer", um projecto que aborda a luta contra o racismo.
A actriz já recebe aplausos e uma remuneração por cada trabalho prestado em Portugal, facto que não acontecia na sua terra natal.
Khristall Áfrika anseia retornar a Angola para poder compartilhar com os colegas, sobre as experiências que vai adquirindo a quando da sua estadia lá em Portugal.
Olhando no seu percurso, a actriz demostrou o apreço e o carinho que sente por: Jorge Ferreira, Pedro Farinha Gomes, Ruben obadia, Ana Vieira dia, Dionísia Mário, Man-Neto e pela a sua família.
A actriz carrega um encanto pelo Andebol mais foi na representação que encontrou a verdadeira paixão, cujos os passos continua marchando até a data presente.
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