Angola e França assinam acordo na área da cultura que inclui entrega à França de esculturas valiosas que estiveram "perdidas" durante décadas
Os Governos angolano e francês assinaram, em Paris, um acordo de cooperação cultural que inclui a entrega à França de duas esculturas raras que estiveram perdidas durante décadas, no antigo edifício da embaixada de Angola em Paris.
As duas obras de arte, que só foram descobertas em 2018, eram parte da decoração do jardim do edifício onde, até 1979 funcionou, a representação diplomática de Angola naquele país europeu.
Este acordo foi assinado pelos ministros da Cultura dos dois países, Filipe Zau e Roselyne Bachelot-Narquin, que puseram os seus nomes neste momento histórico em que um país africano devolve, por doação, obras de arte a um país europeu.
Embora de natureza diferente, porque estas obras de arte estavam, em 1979, dentro da embaixada de Angola em Paris, a questão da devolução de obras de arte africanas em países europeus, para lá levadas durante séculos de ocupação colonial, é hoje uma das mais polémicas disputas culturais, sendo que só esporadicamente algumas delas são devolvidas aos países de origem.
O acordo assinado entre os dois Ministérios da Cultura abrange várias temáticas e tem cinco anos de duração inicial, até ao momento, não foi divulgada qualquer iniciativa recíproca por parte de Paris.
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