Paulinas apontam a importação, como o condicionante da fraca produção de livros no Território Nacional

 



     Presente em Angola há 22 anos, a editora e livraria das Irmãs Paulinas nota um aumento da tomada de consciência dos cidadãos sobre a importância do livro. Marlise Heckler, da direcção da livraria, lembra que em 1999, quando a organização iniciou as actividades, nenhum pai procurava um livro para uma criança. Hoje, disse, os pais vêm à livraria com os filhos e deixam-nos escolher os livros que gostam para ler em casa.

    Ao contrário dos primeiros anos, as Paulinas dizem encontrar, hoje, "muitas barreiras”. Uma das grandes dificuldades é o tempo que levam para pagar as facturas aos fornecedores, sobretudo no caso de importação. Normalmente, esclarece a responsável, o banco aconselha a pagar quando o material chega aqui, processo que pode demorar três meses. Depois o banco, para pagar, leva outros 15 ou 20 dias ou mais.

   "Qual é a empresa que vai confiar em mandar material para as Paulinas que demora tanto tempo para pagar? São esses sofrimentos que passamos. E depois, nesse tempo todo, muitas vezes há também a desvalorização da moeda nacional. E aí, quem perde?”, questiona.


"Gostaríamos de imprimir todos os livros em Angola para não haver mais importação”, disse a religiosa.

   A livraria das Paulinas tem um espaço só de autores angolanos. Segundo a responsável, em cada semana entram um ou dois livros de autores angolanos, cuja procura considera ser boa. "Há muita gente que escreve e está a escrever bem”, acrescenta.

Fonte: Jornal de Angola.

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